Com seu time completo, algo raro nos últimos anos, o Brasil chegou a Londres como candidato ao pódio, mas parou já nas quartas de final, diante da Argentina. Para o técnico Júlio Lamas, o triunfo de quarta-feira é especial não apenas por classificar seu time para a semi dos Jogos, mas também por manter a superioridade sobre o rival.
As informações são da Gazeta Esportiva.
“Foi uma vitória muito emocionante para nós. Primeiro, por entrar na briga pela medalha e fazê-lo pela terceira vez consecutiva, com o mesmo núcleo de jogadores. Depois, porganhar do Brasil outra vez em uma instância decisiva. É sempre uma satisfação vencer seu clássico rival”, afirmou.
Contratado para comandar a Seleção Brasileira em 2010, Rubén Magnano caiu diante da Argentina nas oitavas de final do Mundial da Turquia. No ano passado, a equipe chegou a vencer os rivais durante o Pré-olímpico de Mar del Plata, mas perdeu a decisão do torneio.
Atual comandante do Brasil, Magnano forjou a chamada Geração Dourada do basquete argentino, que deve fazer sua despedida olímpica em Londres. Vice-campeão mundial em Indianápolis-2002, ele conquistou o inédito ouro em Atenas-2004 e ainda conta com o prestígio de seus ex-jogadores.
“Nós respeitamos muito o Brasil, o sistema do Rubén e cada jogador. Tivemos a sorte de ganhar os últimos jogos, mas um dia isso vai terminar”, declarou Carlos Delfino. Para o atleta do Milwaukee Bucks, o entrosamento de sua equipe é a chave para vencer a Seleção.
“Nos conhecemos muito. Não é como jogar no piloto automático, mas quase isso. Sabemos o que fazer, o que esperar um do outro e na maioria das vezes nos damos bem. No momento em que há pressão, em que você precisa da vitória de qualquer jeito, fazemos a diferença”, explicou.
Depois do ouro histórico conquistado em Atenas-2004, a Argentina ficou com o bronze em Pequim-2008. Em Londres, a seleção enfrenta na semifinal os Estados Unidos, já superados na Grécia, para tentar coroar a trajetória da geração forjada por Rubén Magnano.
“Ganhamos porque jogamos com coração, garra e brigando por todas as bolas. Sofremos, mas vencemos e obviamente a recompensa é muito grande. Estamos há 10 anos no topo, estamos entre os três melhores do mundo e isso nos enche de orgulho”, disse Andrés Nocioni, do Philadelphia 76ers.
