O Greenpeace divulgou nesta quarta-feira (24) um relatório que afirma o aumento de toxicidade do plástico quando passa por processos de reciclagem. A organização alerta que o nível de produtos químicos em plásticos reciclados aumentam e podem envenenar pessoas e contaminar comunidades.
O relatório reúne variados estudos científicos que corroboram com a urgência da diminuição da produção e uso de plástico. O material é incompatível com a proposta de economia circular, ou seja, um modelo de produção e consumo que envolve a separação, reutilização, reparação, renovação e a reciclagem de materiais e produtos.
O relatório muda a posição da organização em relação a reciclagem do plástico, reiterando que o processo não deve ser considerado como uma solução para a crise poluição.
A divulgação do documento ocorreu próximo as negociações do Tratado dos Plásticos, que ocorrerá na próxima semana em Paris.
O coordenador da Campanha Global de Plásticos da Greenpeace nos Estados Unidos, Graham Forbes advertiu que a indústria de plásticos, que inclui combustíveis fósseis, petroquímicos e empresas de bens de consumo, continuam apresentando a reciclagem como solução.
“Mas esse relatório mostra a toxicidade do plástico, na verdade, aumenta com a reciclagem. Os plásticos não têm lugar numa economia circular. (…) É claro que a única solução real para cavar com a poluição plástica é reduzir em massa a produção de plástico”, disse o ambientalista.
