O Ministério Público Federal no Pará está aguardando uma decisão da Justiça há seis meses em relação a um pedido de indenização de R$ 5 milhões destinado à senadora Damares Alves e à União, em benefício da população da Ilha de Marajó (PA).
O MPF alega que a ex-ministra dos Direitos Humanos fez declarações falsas de abuso sexual infantil na Ilha de Marajó, com o objetivo de favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro. Após uma investigação do MPF, o Ministério dos Direitos Humanos reconheceu a falta de evidências que comprovassem as alegações de Damares.
A Polícia Federal afirmou que não havia investigações relacionadas aos incidentes descritos por ela e o MPF não recebeu denúncias semelhantes nos últimos 30 anos.
O processo movido pelo MPF argumenta que Damares Alves não apresentou fundamentos sólidos e provas de suas alegações, sugerindo o uso de informações falsas para favorecer a campanha de Bolsonaro. Essas ações resultaram em danos sociais e morais coletivos à população de Marajó.
O MPF descreve as declarações de Damares Alves como “graves, impactantes, preconceituosas e sensacionalistas”, com o intuito de obter vantagens pessoais e do presidente.
Além disso, a gestão de Damares Alves no Ministério dos Direitos Humanos gastou R$ 1,6 milhão na divulgação do programa Abrace o Marajó em uma exposição em Dubai em 2021, que foi cancelada devido a irregularidades apontadas pelo governo Lula.