MP denuncia prefeito que desviava água da cidade para abastecer a própria fazenda

Arnaldo Higino fez um ‘gato’ na tubulação da Casal; se condenado pelo TJ, ele pode ser preso por dois a oito anos, além de pagar multa

O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, ajuizou, no Tribunal de Justiça, uma denúncia por crime de furto qualificado mediante fraude contra o prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa.

Segundo o chefe do MPE, ele montou uma ligação clandestina de água para abastecer um parque de vaquejada que fica em sua fazenda, no município. As investigações foram da promotora Martha Bueno- hoje em Pão de Açúcar.

Se condenado, o prefeito pode pegar uma pena de reclusão de dois a oito anos, e multa.

A Companhia de Saneamento (Casal) foi questionada por moradores dos povoados Cabaças, Traíras e Capim que reclamavam da falta d’água na região.

Ao fazer uma vistoria na rede, os técnicos da empresa localizaram a ligação clandestina, o chamado “gato”, na fazenda do prefeito, onde existe um parque de vaquejada.

No local, a Casal lavrou um Termo de Constatação de Fraude e desfez a irregularidade. Além disso, a companhia descobriu que Arnaldo Higino não tinha autorização para fazer àquela ligação.

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