O relatório final da Polícia Federal sobre os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes revelou detalhes sobre a atuação dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz no crime.
De acordo com as investigações, após cometerem os homicídios em 14 de março, a dupla foi assistir a um jogo do Flamengo contra o Emelec.
O carro utilizado na emboscada e a bolsa com a arma e outros objetos foram deixados na casa da mãe de Lessa, sendo posteriormente desmanchados.
A teoria de que Lessa e Élcio planejaram o crime com antecedência ganha força com o encontro dos criminosos com o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e sua esposa na mesma noite do assassinato.
Lessa teria enviado uma foto confirmando que Marielle era o alvo principal.
Após os assassinatos, os criminosos contaram com a ajuda do irmão de Lessa, Denis, antes de irem para um bar assistir ao jogo de futebol.
Élcio relatou que o veículo utilizado na execução só foi retirado do local dias depois. Além disso, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, recentemente preso, teria exigido a devolução da submetralhadora utilizada no crime em uma reunião com os irmãos Brazão, Macalé e Lessa.
Apesar das tentativas de Macalé de convencer Domingos Brazão a desistir da ideia, a arma teria sido descartada em um córrego juntamente com carregadores e munições sobressalentes alguns dias depois.
*Com Agências
