Magno Francisco
O fracasso iluminista reside na propriedade privada. O capitalismo não pode promover a sociedade da razão.
Para quem estava esquecido da destruição desumana promovida pelas duas guerras mundiais e pelo fascismo no século passado, acompanha estupefato o retorno do fascismo e a radical Internacionalização dos conflitos bélicos na medida que, diante da maior crise da história do capitalismo, se acirram os conflitos das potências imperialistas pelo controle do mundo.
Em defesa da “sagrada” propriedade privada, da brutal exploração e enriquecimento de um reduzido número de capitalistas e seus monopólios, a burguesia e seus governos jogam bilhões na miséria, tornam a vida humana e próprio planeta mercadorias descartáveis.
O irracionalismo sempre foi um instrumento de controle da burguesia, muitas vezes com aparência de razão.
As classes dominantes manipulam as paixões, mais do que nunca o medo pauta a vida, o medo da morte, da violência e do inferno. Não deveria surpreender o fascismo ser retirado da manga da burguesia novamente.
Cinismo ou inocência?
Só agora alguns intelectuais descobriram o irracionalismo capitalista e se pretendem radicais na salvação do projeto iluminista.
Ora, não se trata de recuperar o iluminismo. Trata-se destruir o capitalismo, mas esse mergulho no mar incontrolável da história exige eliminar as ilusões liberais.
Não vamos pedir isso aos de pança cheia. Lutemos com os que nada tem a perder e tem um mundo a ganhar.
Magno, filósofo comunista, presidente da UP-AL
