Pode até ser que a massa “passiva” desconheça, mas nós sabemos que existe um cabo de guerra; que as forças sociais se manifestam com afinco, e que agora, não podemos desistir das nossas flores!
É hora de defender nossos jardins, porque sabemos o quanto nos custou sulcar o chão da história, tantas vezes para enterrar nossos amores…e ter a paciência de aguardar o florescimento, exigiu porções imensas de solidão e aparentes desventuras, nós lembramos.
É pelas relações construídas que manteremos as flores vivas. Não desistiremos de encontrar os semelhantes para trocar afagos e brindar um gole de saudade, na certeza de que alguém luta a nossa mesma luta, em diferentes pontos.
Que cultive a harmonia ou agroecologia, reúna trabalhadores ou ensine adultos a ler, não importa se nossas frentes são diferenciadas, o essencial é não desistirmos delas. E vez por outra, trocarmos os produtos que colhemos, em ofertas sociais de amadurecimento humano.
Não desista do canteiro que demora a responder. Oferte mais cuidado. Permita que recebe luz na medida certa, e garanta a sombra, o refresco do importar-se com seu desenvolvimento.
Cuide de si mesmo. Se ofereça prazeres mais sensíveis que o consumo, se olhar de perto verá que aqueles que não compramos possuem mais valor. Pertença ao jardim da vida, e saiba disso. Mergulhe a mente em seu aroma único, pessoal, e reafirme sua beleza. Continue a se cuidar!
Zele pelos ambientes de convívio. Não desengane do estar lá. Plante uma mudinha de hortelã para fazer um chá, e beba esse chá devagarinho, permita acompanhar seu corpo recebendo e se envolvendo com aquilo que você mesmo cultivou, para melhorar o dia e aliviar dores pequenas.
Ajude alguém a responder bom dia, tarde ou noite, e distribua energia amiga.
Cuidando dos nossos jardins, garantiremos não desanimar diante das trevas conscienciais da humanidade.
A luta precisa disso, precisa de cada um. Faça arte, cantarole, imite um pássaro, leia um livro bom, e cuide de reconhecer que isso é fazer política do bem viver. Reaja. Resista. Lute.
Uma resposta
Grande poeta inspiradora. Te admiro profundamente. Sua capacidade de ser poetisa vem de longas datas. As suas cartas já eram poesia quando nos correspondiamos. Ainda somos desse tempo porém não envelhecidas rsrs