Collor joga biografia para convencer eleitor de Célia

O discurso, ao estilo de Collor, mandando um recado ao governador através da Gazeta de Alagoas- seu jornal, estampando suas fotos em périplo caeté- serve para se recuperar o infortúnio da derrota, em terceiro lugar, contra Vilela, na corrida governamental

Há pelo menos uma certeza, após a condensada visita do senador Fernando Collor (PTB) ao agreste, neste final de
semana, em rara aparição em Alagoas: a candidata dele e do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, não está na esperada vantagem no quadro eleitoral deste ano, no segundo maior colégio eleitoral do Estado.

Célia é suplente do delegado Francisco Tenório, preso por assassinato em casos fartamente divulgados. Chico é, sim, prioridade de Collor para que ele assuma a cadeira na Câmara Federal se Célia ganhar a eleição arapiranquense.

Como explicar ao eleitor de Arapiraca que a vitória de Célia não significa entregar a imunidade parlamentar ao delegado citado em três assassinatos? (como, aliás, é repetido pela oposição).

Além disso, Célia era líder do grupo que incluía o secretário de Articulação Social, Rogério Teófilo. Um grupo que durou 16 anos e rachou publicamente (nos bastidores veio antes) após o anúncio do nome de Célia à Prefeitura de Arapiraca. E Rogério seguindo a caminho da Prefeitura, em lado oposto.

Como explicar, no palanque, que Célia e Rogério estão separados, fazem parte de grupos diferentes?

Como explicar que Célia pediu votos ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)- na campanha para a reeleição- e agora está com Collor, que vai disputar a reeleição em 2014 contra Vilela?

O tamanho do desafio de Célia fez Collor entrar na disputa de Arapiraca. Um “acaso” que o liga a 2014- a difícil reeleição ao Senado contra a máquina estatal e a Cooperativa dos Usineiros, capitaneados pelo governador Teotonio Vilela Filho e seu cunhado, o empresário João Tenório.

Rogério e Célia: uma das últimas aparições dos dois juntos (julgamento Ceci Cunha)

O discurso, ao estilo de Collor, mandando um recado ao governador através da Gazeta de Alagoas- seu jornal, estampando suas fotos em périplo caeté- serve para se recuperar o infortúnio da derrota, em terceiro lugar, contra Vilela, na corrida governamental.

São os novos riscos do ex-presidente da República, de cabelos grisalhos, olhar sessentão e o discurso que substitui o “caçador de marajás” pelo “homem que não honra as calças que veste”, ao citar o tucano James Ribeiro, prefeito de Palmeira dos Índios, cria de Teotonio Vilela Filho.

5 respostas

  1. E a isonomia dos candidatos? Gente, a Célia e o Collor estavam co duscurso pelo interior. Veja em Limoeiro. E São Miguel? Como é quem ninguém vê isso?

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