O lixo se acumula na avenida senador Rui Palmeira, no bairro do Dique Estrada, área lagunar de Maceió.
As calçadas da Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca cheiram a fezes.
Os ônibus que circulam em Maceió caem aos pedaços; os riachos Gulandy e do Sapo, entre os bairros da Jatiúca e Poço, estão insuportavelmente mal cheirosos.
E, nesta quinta-feira (8), o prefeito Rui Palmeira assinou um compromisso para tornar Maceió uma “cidade mais sustentável”.
O malabarismo verbal aconteceu em Recife, na “adesão da capital ao ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade -, e assinou a carta de intenção que embasará o decreto que declara o Reconhecimento à Emergência Climática Global pelo Município de Maceió”.
O Centro da capital alagoana é intransitável até por quem não tem limitações físicas.
O riacho Salgadinho despeja esgoto a céu aberto todos os dias, testemunhado pelo prédio-sede do Ministério Público Estadual.
As ciclovias – que poderiam até caiar a tal “cidade mais sustentável”- sequer existem.
Conclusão: a cidade sustentável de Rui é uma daquelas ilusões com oásis em meio ao deserto. Vestido de farrapos novos, Rui ensaia um gestor velho, em fim de mandato.