O prefeito de Maceió não inventou a roda ao mostrar que é um influencer no Instagram. Seus seguidores, pagos ou não, devem gostar do estilo de adminstração fora do gabinete, cercado pelo povo, como aliás fazia Antônio Carlos Magalhães na “sua” Bahia. Fotos do velho coronel? Só com bastante povo ao seu redor.
Mas apenas a foto e o discurso não elegem o próximo governador. JHC se crê uma grande e competitiva liderança para 2026. Não é. Precisa pedir prefeitos emprestados ao presidente da Câmara Arthur Lira para garantir seu projeto de poder.
Fora isso, JHC se convenceu que falar o menos possível sobre ideias e mais a respeito dele mesmo é certeza de sucesso. É a estratégia de Carlinhos Maia, funcionando muito bem para o jovem empresário alagoano.
Bem diferente é a política. João Campos, por exemplo, bisneto de Arraes, sabe ser o personagem que as redes sociais gostam de ver e o gestor que Recife precisa.
Por isso, aumentou e muito a quantidade de vagas de creches em seu mandato. JHC, não.
Também Jota não aumentou o acesso do cidadão ao saúde da família. Maceió permanece a pior capital do Nordeste há anos, mas o prefeito teve tempo de mudar isso.
A campanha eleitoral terá discurso pronto e bruto para atacar o prefeito. As áreas? Todas previsíveis. Saúde, educação, assistência social e… quantas mais? Jota se crê reeleito, e dificilmente alguém lhe tira o novo mandato, mas para alcançar o Governo precisa ser menos influencer. Ou o mundo real vai devorá-lo.
