O senador Renan Calheiros (MDB) percebeu que Jair Bolsonaro é daqueles representantes do poder público a ser enfrentado com altivez, não pelos métodos que ele utiliza, e sim com o jogo de ideias, o debate, ainda que Renan meta os pés pelas mãos, como no episódio da jornalista Dora Kramer.
A posição de Renan-pai, porém, é diferente de Renan Filho. O governador parece esperar uma mudança de rumos, na era Bolsonaro, quando todos os governadores do Nordeste perceberam que as chances deles sentarem na mesma mesa com o presidente é remota. Remotíssima.
Bolsonaro chamou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, de “espertalhão”, ao criar um adicional para o Bolsa Família.
Renan Filho defendeu o governador.
Mas é pouco. Renan Filho pode- e deve- colocar a questão social na mesa. E mostrar a Bolsonaro a disposição de Alagoas superar os índices sociais negativos com mais pressa.
O Plano de Enfrentamento à Pobreza, por exemplo, é essa chance do governador alagoano deixar a rabeira nacional ou comemorando minúsculos avanços na educação ou a repetição sobre os acertos na Secretaria da Fazenda, do Santoro, notícias que nem geram mais a repercussão esperada.
A resposta precisa ser mais ampla. Não haverá a messiânica ajuda federal. A convivência é esta.
O que Renan Filho espera mais?
Uma resposta
Muito bem explicado!