Pode ser que sim. Pode ser que não.
Rodrigo Cunha é cotado para a vaga de vice-prefeito de Maceió. Mas há um calculo nos ásperos corredores do poder indicando que é possível que ele escolha disputar a reeleição ao Senado.
Elemento-chave nessa decisão? O anticalherismo. Cunha surfou nesta onda em 2018, pode ser que dê certo em 2026.
Mas lá atrás o hoje senador tinha algo a mais: assumiu a bandeira bolsonarista, ainda que discreta, o que lhe valeu muitos votos da extrema direita e dos anti-sistema.
Ao longo do tempo acumulou decepção dos dois lados: os bolsonaristas queriam vê-lo em defesa ardorosa ao chefe da ocasião; alguns progressistas que o enxergavam como “a mudança”.
Cunha ignora mas muita gente fez campanha porta a porta para o hoje senador. Sem receber um real ou sequer conhecê-lo pessoalmente.
São raros estes momentos.
Difícil que este cenário se repita.
De qualquer forma, pode ser que, ao brigar pela própria vaga em Brasília daqui a dois anos, o senador queria construir uma liderança própria. Porque, se ele for vice-prefeito terá de esperar dois anos para assumir a caneta. E terá outros dois anos para viabilizar a reeleição na Prefeitura, mais a influência de Arthur Lira.
Jogo sendo jogado.