Quem é Domingos Brazão, apontado como um dos mandantes do caso Marielle?

Domingos Brazão, de 58 anos, é um político brasileiro que atuou como vereador e deputado estadual por cinco mandatos consecutivos entre 1999 e 2015. Atualmente, ele é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

No entanto, ao longo de sua carreira política, Brazão se envolveu em várias polêmicas, processos judiciais e suspeitas de corrupção. Em uma delação premiada feita pelo PM reformado Ronnie Lessa e divulgada pelo site The Intercept Brasil, Brazão foi apontado como um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco em março de 2018.

A principal motivação seria uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual e atual presidente da Embratur, com quem Brazão teve embates quando eram parlamentares.

É importante ressaltar que a homologação da delação premiada ainda precisa ser analisada e aprovada pelo Superior Tribunal Federal (STF), uma vez que Brazão possui foro privilegiado.

Além disso, Brazão já enfrentou outras acusações no passado. Em 2011, ele foi acusado de comprar votos durante a campanha para deputado estadual.

Em 2014, ele foi processado por ameaça a uma radialista e deputada. Ele também admitiu ter matado uma pessoa há mais de 30 anos, alegando legítima defesa.

Em 2017, Brazão foi afastado do TCE-RJ e preso sob suspeita de corrupção e envolvimento na Operação Quinto do Ouro, um desdobramento da Operação Lava Jato. Entretanto, em março de 2023, seis anos após o afastamento, ele retornou ao órgão após uma decisão da 13ª Câmara de Direito Privado.

Em 2019, Brazão foi acusado pela Procuradoria-Geral da República por obstrução de Justiça, mas a denúncia foi arquivada.

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