Estamos chegando em um tempo limite para continuar naturalizando agressões à mulheres, pelo fato de serem “apenas mulheres”.
Se a mulher depila ou não depila, é uma escolha pessoal, e não compete a ninguém aprovar ou reprovar no corpo da outra; basta que cada ser cuide do seu corpo como lhe aprouver.
Se a mulher tira cutículas e pintas unhas ou prefere não fazer isso, não transfere a ninguém o direito de fazer julgamentos, nem públicos nem privados, sobre a higiene dela, até porque não é o esmalte que define higiene; e ainda se definisse, não aceitaríamos comentários de padrão machista sobre nossas mãos, nossos dedos, unhas.
Nós já não estamos mais aceitando que “menino pode dizer o que quiser” e a menina se esconde para se proteger!
Não aceitamos, porque os meninos cresceram em tamanho e se tornaram machos, guardando no imo do ser as violências que os lares, as escolas, as ruas, lhes permitiram praticar contra o sexo feminino, as trans e homossexuais.
Não estamos mais dispostas a calar quando nos definem o valor e a beleza através do formato do corpo, do peso, da magreza ou da gordura. Não! Parafraseando a cantora Flaira Ferro, nossos corpos são “o templo do tempo”, dos nossos tempos presentes!
É tempo de luta sim! E machistas, misóginos, não passarão!
Por esse motivo, cantamos e gritamos aos quatro ventos, mexeu com uma, mexeu com todas!
O episódio envolvendo o Siqueira Júnior na TV Arapuam, na Paraíba, nos causa indignação, sim! Ele teve uma reação brutal com uma mulher que o criticou nas redes por tratar mal mulheres, fazendo comentários jocosos. Sua resposta foi um show de gordofobia exposta. Desferiu golpes na postura feminista. E exibiu o corpo jurídico da empresa para intimidar.
Abrimos uma rede de solidariedade instântanea.
O nome disso é sororidade. Quem não souber o significado favor colocar no google que a resposta vem rápida.
Feminismo também é insígnia de honra, por essa razão, quando quer nos xingar, elogia!
Retratação pública, seria o primeiro passo para recuperar qualquer respeito.