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Maceió afunda e dona Marina, a 1a dama, filosofa sobre ciúmes do marido

A exposição midiática da juventude burguesa e despreocupada do prefeito de Maceió e sua esposa vinda de fora, revela o lamentável efeito do “antigo” travestido de “novo” na apropriação do poder como legado individual.

Explicamos: Maceió é uma capital que afunda, literalmente.

Problemas crônicos com mobilidade urbana, pioram no inverno. Cada chuva forte deste outono traz demonstração do quanto estamos fragilizados, enquanto cidadãos maceioenses que circulam para além da orla elitizada, pagando o preço do abandono em ausências de políticas públicas preventivas; pois se até mesmo a Ponta Verde alaga e causa transtornos, outras partes acrescentam a este problema velhas e novas maldições.

Poucas vezes as ruas da cidade estiveram tão desprovidas de assistência, e se na beira-mar hoteleira tem luxo, no lugar onde moramos tem lixo, compactando a dureza existencial em linhas de desigualdade materializadas na vida real.

Enquanto o personagem instagramável agrega likes e atua como influencer, nos bastidores da administração a atravancada mobilidade social do maceioense ainda mais emperra, quando a cidade não elabora ações públicas de cuidados, prevenções e perspectivas de melhora em nenhum dos aspectos da gestão.

A brincadeira nas redes sociais pode até distrair ainda mais os que já figuram como distraídos, mas não é capaz de responder às mínimas demandas da nossa capital, cada vez mais afrontada com investimentos caros e inúteis, em gigantescas brincadeiras de jovens ricos e imaturos, imersos na insensibilidade social.

Como massa, Maceió recebe apenas a sova, para fermentar um holograma.

 

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