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OAB, MP e Ufal silenciam sobre ‘cadáveres comuns’ em Alagoas

Em menos de 24 horas, 3 corpos de desaparecidos- os “cadáveres comuns”- foram descobertos e seus destinos, após serem enterrados como o bicho-homem, será o mesmo: os inquéritos não devem apontar os responsáveis pelos homicídios.

Ano passado foram assassinadas 59.103 pessoas no país. Não é preciso dizer que, mesmo fora das leis, a pena de morte e as armas de fogo estão liberadas faz tempo.

Mais estranho, porém, é que em Alagoas, um dos que mais mata no país, não existe sequer um observatório da violência para acompanhar (e monitorar) o escândalo abaixo dos nossos narizes. E ignorados porque, por certo, a matança não chegará em nossa casa.

OAB, Ministério Público e Universidade Federal de Alagoas. Três instituições consideradas independentes. Porém, coniventes com este grave momento de tragédia social.

A Ufal tem 2 núcleos de estudo sobre a violência, cujos trabalhos são amplamente desconhecidos do grade público e encastelados nos muros da universidade; a OAB tem uma comissão de diretos humanos sem relatórios sobre a nossa violência; o Ministério Público Estadual- tendo à frente um ex-secretário de Segurança Pública- aposta na pouca memória social do nosso povo, atrás de dragões e heróis que os combatam.

Quem mata os desaparecidos? Quem mata os “cadáveres comuns”? Por que eles são assassinados? São brasileiros geneticamente inferiores, submetidos à lei do mais forte? São os nossos “matáveis” necessários?

Por que eles, então, merecem morrer? E quem merece viver?

Uma resposta

  1. Parece até que estamos em tempos de guerra, onde a vala comum esconde os cadáveres em decomposição.A omissão do poder público e o silêncio dos órgãos que deveriam ser fiscalizadores, sentencia-nos a um dia, vermos a morte homicida roubar os que nos são caros e curtir a dor da impunidade, por constituirmos a mole dessas pessoas comuns.

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