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MovA distorce trabalho da imprensa, tentando desqualificar

A guerra das palavras está lançada, fala melhor quem consegue, mas as referências ideológicas utilizadas revelam sobre qual plataforma pensa o escrevinhador.

A artimanha de diminuir o outro antes de argumentar é antiga arma nas mãos dos raivosos espumantes, que não medem o quanto se utilizarão do status quo que acreditam possuir para desqualificar o dissonante.

Analisando como pessoa, não como multidão, um material escrito por um grupo que se apresenta como elite da cultura em Alagoas, intitulado “Blogueiros distorcem informações na tentativa de difamar o Mova”, fui encontrando esse rastro de ideologia nefasta, trazido talvez pelas “caravelas”, mas que colou como unha e carne, na concepção mais arraigada de elite que mantemos.

“Pequenos blogs e portais de notícias também colocam suas páginas à venda, parasitando verbas institucionais em troca de ataques direcionados aos desafetos de seus patrocinadores (as exceções à regra são extremamente raras).” Diz o coletivo, que na tentativa de apequenar os sites, não consideram as diferenças entre espaços de opinião, de informação jornalística, e serviço publicitário, algo tão inerente às empresas da área de comunicação quanto o patrocínio público e privado que atividades culturais pleiteiam, sendo que as empresas possuem vida econômica pautada pelas regras tributárias, direitos trabalhistas e tudo o mais que concerne às atividades de mercado, portanto, sejamos maduros e racionais quanto aos produtos vendidos.

No entanto, para falar de cultura em Alagoas carecemos há muito tempo rasgar o verbo e perder o medo de magoar afetos, pois a política cultural local pouco se estende além de guetos, promovendo uns tantos aos olimpos de isopor criados por suas mentes separatistas, que usa o nome do povo quando convém, mas na prática, fecha o cerco dos acessos no mais fiel estilo real, ou no caso, momesco.

“Afinal, existe a famigerada “opinião”, artifício usado para acobertar ataques irresponsáveis e covardes.” Tire a opinião do mundo e pode fechar tudo aquilo que se faz em nome da liberdade de expressão! Sufoque o vilipendiado, arranque o último recurso de quem luta por uma identidade…Famigerada é a sanha de status quo que movimenta a burguesa fatiada em econômica, intelectual. cultural!

“Mais corajoso que o colega “cronista”, o jornalista Odilon Rios, do portal Repórter Alagoas, ao menos assumiu a autoria de seu texto intitulado “Manifesto momesco do Mova ergue bandeira de paz a Mellina Freitas”. A opinião foi publicada no sábado, 23 de janeiro, um dia após o posicionamento do MovA.”  São palavras do próprio movimento que chama crítica de ataque, e que atribui covardia e coragem ao mesmo profissional da imprensa alagoana, que revelou sua “opinião” após interpretar um documento emitido pelo MovA.

Particularmente, eu que também possuo famigeradas opiniões, entendi a escrita do dito documento bastante incoerente a considerar as aparições públicas contrárias à Secretária de Cultura Estadual, fato este, impulsionador deste movimento no cenário social. Diante da postura da prefeitura de Maceió, a levantar um debate interessante sobre financiamento de blocos comerciais no carnaval, e uma reavaliação sobre a finalidade das prévias que ao longo dos anos nos foi roubando a festa nos bairros (tema que certamente pedirá debate ao longo dos anos seguintes) as mais birrentas reações surgem aqui e acolá, no coro dos descontentes.

Haverá que amadurecer para tratar de coisas grandes como gente que cresceu! Nada de desqualificar o debate para silenciar o outro lado sem considerar outros ângulos de entendimento, afinal, esse conceito com mais de 200 traduções e sentidos, que é cultura, não pode ser posse de alguns iluminados.

Quanto ao jornalista e companheiro Odilon Rios eu faço a defesa aberta, pois há 16 anos no jornalismo alagoano acompanho os maus presságios dos descontentes com seu trabalho autônomo e ninguém o desmascarou, porque ele não usa máscara

Nada mais a dizer do que em sonora expressão de liberdade desejar bom carnaval a Alagoas!

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