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Livre pensadora apoia mãe paraguaia. Assine petição aqui

O Brasil é um território de horrores e não há como arrefecer nesta afirmativa sentida. O caso da mãe paraguaia que está sendo punida judicialmente com o afastamento do seu bebê, que é filho de pai brasileiro letrado e dito culto por ser professor universitário, mostra que neste chão o etnocentrismo prolifera com força desumana.

As razões apresentadas para retirar o filho de Patrícia, tornada mãe solo por não ter suportado levar adiante a relação, que segundo ela era cortada por abusos psicológicos e outros – passam pela sua escolha de vida naturalista, inclusive seu cardápio sem alimentos de origem animal e pelo fato de Sama ter nascido em uma aldeia indígena, local natural da mãe.

Na ação o pai acusa Patrícia de não ter feito pré-natal – ao que a mesma refuta com a apresentação de documentos. Laudos médicos registraram bom estado nutricional da criança, mas mesmo assim a justiça brasileira deu ganho de causa ao pai.

A mãe professa uma religião não hegemônica, é Hare Krishna. Recusa usar fraldas descartáveis por respeito à natureza, usando as de tecido, e estas escolhas tão suas e tão saudáveis pesaram contra a mãe. O Brasil é um país misógino, e isto nós podemos observar até mesmo quando mulheres no judiciário decidem contra mulheres por não admitirem o alcance de outra cultura como legítimo.

Um desrespeito terrível à cultura originária paraguaia, à liberdade de escolha de Patrícia por um cardápio vegano, por um parto natural distante dos riscos de violência obstétrica, por seu direito de amamentar Sama no colo; pois a mãe está levando leite ordenhado para entregar no portão da casa, sem sequer poder olhar o filho.

Mulheres brasileiras indignadas com o caso de Patrícia Garcia estão em campanha por assinaturas a esta petição.

Vamos assinar?

 

 

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