Hoje, 10 de agosto, comemora-se o Dia Nacional dos Protetores de Animais, e durante este importante evento, um projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) foi apresentado como um exemplo para a construção de políticas públicas em nível nacional.
Pesquisadores alagoanos compartilharam sua experiência com o “Programa de Apoio aos Animais Braskem – UFAL”, que tem como objetivo capturar, esterilizar e devolver felinos (CED) à natureza. O Seminário do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos está ocorrendo atualmente no ICMBIO, em Brasília.
Além disso, a UFAL está contribuindo para a elaboração um documento detalhado, com mais de 800 páginas, que será apresentado à ministra do meio ambiente, Marina Silva. Esse trabalho é resultado do Grupo de Pesquisa e Extensão em Equídeos e Saúde Integrativa (GRUPEQUI-UFAL). O professor e veterinário Pierre Barnabé Escodro, juntamente com Mônica Melo, superintendente de Proteção dos Animais da Secretaria de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (Secdef), estiveram presentes no evento.
Dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) revelam que o Brasil possui aproximadamente 55 milhões de cães e 24 milhões de gatos, representando mais de 56% do total de animais de estimação do país. Esses números têm uma tendência de crescimento, chegando a estimativas de 100 milhões de animais até 2030.
Caso não sejam implementadas políticas públicas efetivas para o manejo populacional, estima-se que esses números possam aumentar para 71 milhões de cães e 41,5 milhões de gatos nos próximos 10 anos.
Com esses números alarmantes, também aumentam os casos de abandono de animais, maus-tratos, superlotação de abrigos e o esgotamento dos protetores de animais, que muitas vezes tentam solucionar sozinhos um problema que é responsabilidade de toda a sociedade.