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Futuro de Collor será decidido por Renan Filho

Em 2022, Fernando Collor completa 43 anos de vida pública. Começou em 1979 como prefeito-biônico de Maceió. Dez anos depois, era presidente da República.

Hoje busca a reeleição ao Senado pela terceira vez, aos 73 anos. Seu rival é Renan Filho, 43 anos, governador de Alagoas. Ele terá de renunciar até 2 de abril, ficar seis meses sem mandato, ao sabor das decisões dos deputados estaduais que elegerão o governador-tampão, podendo ser oposição aos Calheiros empurrando o herdeiro para a derrota. Tudo é risco.

Um dos caminhos é Renan Filho não disputar o Senado e permanecer no Governo até o final. Isso muda o jogo não apenas na Assembleia e nas tratativas organizadas pelo presidente da Câmara Arthur Lira mas também para Collor. Para o senador é mais fácil disputar a vaga com o governador. Difícil é ir para a guerra com vários nomes, por exemplo, o vice-prefeito Ronaldo Lessa; o secretário de Segurança Pública Alfredo Gaspar de Mendonça; o deputado estadual Davi Davino, aliás estimulado por Lira.

Arthur Lira não acredita que Renan Filho vai renunciar o Governo, contrariando todas as expectativas. Nesta selva onde lobo come lobo, o deputado deve saber o que está falando.

Renan Filho tem pela frente o pior dos cenários: entregar seu futuro a deputados que representam a antítese de parte das ações do seu Governo. Ou estimular todos contra Collor.

Um dos dois sobreviverá.

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