Faculdade de Arquitetura da Ufal organiza exposição para discutir arquitetura habitacional Soviética

A exposição “Arquitetura Habitacional da URSS: Concurso entre Camaradas 1926!” acontece no pátio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e integra uma iniciativa latino-americana de pesquisa e divulgação. A visitação é livre e ficará disponível de 12 a 18 de Maio, das 09h30 às 18h.

A abertura do evento ocorreu na manhã desta sexta-feira (12) e contou com a apresentação da professora Andréia Moassab da UNILA/Brasil (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) e do professor do programa de pós-graduação em História da Ufal, Pedro Lima Vasconcellos.

A FAU/UFAL assumiu a organização da primeira montagem da exposição no estado, inserindo Alagoas num circuito internacional de debate sobre arquitetura, particularmente, sobre arquitetura habitacional.

Mesa de abertura da exposição Arquitetura Habitacional da URSS: Concurso entre Camaradas 1926!. Foto: Silvio Rodrigo/Repórter Nordeste

O objetivo desta serie de exposições é mostrar uma forma particular de implantação da modernidade arquitetônica desenvolvida na URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, nas primeiras décadas do século XX.

A questão da moradia é uma centralidade inescapável para uma arquitetura e um urbanismo que reivindique o direito à cidade.

“Alagoas é um estado no qual o déficit habitacional tem penalizado de maneira especial as mulheres. Observa-se, nos dados das necessidades habitacionais, um comprometimento expressivo dos orçamentos familiares com aluguel e pagamento de água e energia, sendo a moradia nos assentamentos informais uma das poucas formas das camadas mais pobres de permanecer na capital”, diz a organização do evento.

Déficit Habitacional

O déficit da Região Metropolitana de Maceió (RMM) se concentra no ônus excessivo de aluguel (77% dos casos), no qual as mulheres representam a maioria.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% das famílias são constituídas por mulheres sem cônjuge, com filhos.

Do ponto de vista da inadequação habitacional a questão é ainda mais preocupante, mais de 58% dos domicílios da RMM são considerados inadequados e aproximadamente 190.000 pessoas não têm onde morar, diz pesquisa da Fundação João Pinheiro divulgada em 2019.

Isso sem levar em conta a demanda demográfica e a necessidade de novas habitações devido ao afundamento de bairros centrais de Maceió. Neste caso, as soluções precisam ser diversas diante dos diferentes arranjos familiares, e acessíveis para a imensa população sem oportunidades

A mesa de encerramento ocorrerá na próxima quinta-feira (18/05), às 13h30 no pátio da FAU/UFAL.

Apresentação de:

– Maria Luísa Machado e Wemwerson Soares – (egressos FAU/Ufal vencedores do concurso nacional de arquitetura em Habitação de Interesse Social para Araraquara-SP)

– Diana Helene, Eduarda Feitosa Leite, Vanessa Bernardes da Silva, Italo André Ferreira da Silva e Vicência Estrela Gomes da Silva. – Grupo de Pesquisa FAU/Ufal “A cidade como extensão da casa: espaços livres e vida cotidiana em habitações de interesse social de Maceió”

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