Com pouco a dizer e sem conseguir transformar o Brasil num quartel, Jair Bolsonaro aposta no uso emocional das consequências da facada para superar os rituais quase que necessários de uma votação, como debates, propostas, indícios mínimos de ideias e superação da crise.
Funcionou em 2018 e, ao menos considerando a temperatura das redes sociais nas últimas horas, ajudou a resgatar Adélio Bispo, os misteriosos motivos da viagem de um delegado aos EUA e teorias conspiratórias do Governo. Se isso garante números nas pesquisas, o tempo dirá.
Em 1937, uma mentira de Getúlio Vargas também assinada pelo general alagoano Góis Monteiro criou o plano Cohen, uma maluquice comunista de dominação do Brasil. O ódio e a truculência pariram o Vargas-ditador.
Também em 1964 a invasão do Brasil pelo comunismo resultou em golpe militar, implantando o autoritarismo existente em 1937 com os tempos daquele mundo marcartista, assombrando a guerra fria.
São dois casos ligados pelo extremismo. É o exercício da política sem o bom senso e a ponderação. É o estar no poder gerando e enfrentando as hostilidades convencendo os brasileiros a não acreditarem em suas reais necessidades.
É como se o monstro real viesse do espelho. Em circunstâncias assim, dá para acreditar que o dia de amanhã será melhor?
O quadro eleitoral brasileiro não deve permitir a terceira via, especula o mercado financeiro. Assim, teremos Lula e Bolsonaro no mesmo palco. Um estadista e um apologista da violência, na esteira do lavajatismo. O fio da história liga o passado e o presente, com a credibilidade da classe política à beira do zero e os impactos da ausência do dinheiro nas mãos da maioria do povo. 2022 se equilibra em uma navalha.
Uma resposta
Ontem mesmo estava pensando sobre essa possibilidade real! Tenho quase certeza que o plano será esse!