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Como o juiz de Arapiraca quer controlar o Covid-19 numa aglomeração? Ele explica

São impressionantes as teses do doutor Rômulo Vasconcelos, juiz de Arapiraca.

Informa o TNH1 que ele fará a diplomação dos eleitos nesta quinta-feira, de forma presencial, no prédio da Assembleia de Deus, onde cabem 150 pessoas – e até mais porque o evento atrairá mais gente.

Eis os argumentos do magistrado para sua decisão (comento logo depois):

– “Eu não vou realizar a diplomação virtual. Não entendo que uma diplomação virtual tenha a mesma importância e conotação de uma presencial”

– “Nós podemos ir ao supermercado, à farmácia, respeitando os protocolos, é claro! O eleitor pôde se deslocar ao local de votação, inclusive alguns se excederam com aglomeração, e agora no ato mais importante para convalidar a eleição, não vamos fazer de forma virtual”

– “Decidi por realizar em um local aberto, arejado. É um espaço que tem mais de 150 lugares e será obrigatório o uso de máscara e álcool em gel. A diplomação presencial vai ser feita porque sei o que estou fazendo. Estou fazendo dentro do protocolo e este não é um ato impensado”.

Estamos falando de aglomerações em meio a uma pandemia quando todos os protocolos sanitários condenam situações deste tipo.

Quais vozes foram ouvidas pelo juiz para as suas conclusões?

E o principal argumento dele é que a diplomação virtual não tem a mesma importância que a presencial.

Onde está escrito isso?

Ora, se o juiz admite que eleitores se excederam com aglomeração no dia da eleição, o que ele fez contra isso?

O juiz Rômulo Vasconcelos diz saber o que está fazendo. Não duvido.

Mas ele esqueceu que o vírus não teme juízes nem decretos.

Se nas próximas semanas os casos de coronavirus aumentarem em Arapiraca, saberemos, publicamente, que um dos principais responsáveis é quem assumiu o compromisso de garantir a lei e a ordem.

E assim será.

 

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