Caso Naja: Policiais que descobriram rede internacional de tráfico de animais são afastados

Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal

Responsáveis por descobrir rede internacional de tráfico de animais no Distrito Federal, o comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), major Elias Costa, e o subcomandante da unidade, capitão Cristiano Rocha, foram exonerados de seus cargos na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e transferidos para o Departamento Operacional (DOp), área administrativa do órgão, informa o Congresso em Foco.

Eles são acusados de atrapalhar as investigações.

A rede foi descoberta após o estudante de Veterinária, Pedro Henrique Santos Krambek Lehmkul, de 22 anos, ser picado por uma cobra naja que criava ilegalmente, no início do mês passado. Ele ficou internado em estado grave e entrou em coma, mas já deixou o hospital.

Ao G1, o major Joaquim Elias questionou o motivo da exoneração. “Por que exoneraram quem descobriu e apreendeu os animais e que estragou a rede de tráfico internacional de animais aqui no DF? Quem está lucrando com minha exoneração?”, argumentou. “Tem oficiais parentes dos envolvidos diretamente com as cobras. Será que vão ter coragem de exonerá-los também?” O padrasto de Pedro, Eduardo Condi, é tenente-coronel da PM e foi alvo de uma operação da Polícia Civil. Até o momento, ele não foi afastado.

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