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Caso de Aparecida mostra o fim da esquerda em Alagoas

Tenho sentido, escrito e acompanhado as partidas dos pensadores humanistas, esquerdistas, artistas, que inspiraram princípios no mundo apesar das resistências dos sistemas opressores que dominam a economia e ditam as regras dos comportamentos comuns.

O vácuo que se apresenta é assustador. Prenhe de jargões, frases feitas, impeditivos da liberdade de pensar, a  gestar uma concepção rasa de esquerda e humanidade.

Esquerda não é grito de ódio. Seja lá pelo que for, por quem for. Esquerda é contramão de todas as dominações que implicam em silenciamentos, aprisionamentos, torturas, na gestação contínua de uma integralidade humana que enfrenta opressões políticas, econômicas, classistas.

Há algum tempo tenho evitado escrever sobre as concepções caóticas de esquerda que o sistema capitalista fomenta, instituindo as desagregações e incentivando o carreirismo político como profissão. Quem não conhece aquela pessoa que dominou a tarja de esquerdista para negociar cargos? Quem não conhece os acordos espúrios que reúne esquerdistas e direitistas nas salas secretas, em convenientes concessões?

Como não escrever sobre estes impostores?

Chegando à meia-idade com todas as faturas pagas na carne e na alma, por assumir um perfil existencial esquerdista, eu posso afirmar que esta esquerda de balcão não me representa!

Esquerda que se torna conivente com qualquer tipo de abuso de poder sobre uma pessoa, não me representa. E como esquerdista, eu me posiciono em contrária manifestação aos movimentos sociais, partidos e sindicatos alagoanos que estão afinizados com uma prisão arbitrária, no gozo do justiçamento social que alcançou a jornalista de 73 anos, Maria Aparecida.

A esquerda à qual dediquei minha história, não é essa.

A sopa que agrupa todos os coniventes neste momento grave onde a mesma injustiça agrada extremistas de direita e esquerdistas institucionais de Alagoas, tornou cada elemento, ingrediente do tempero liberal que causa asco.

 

 

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