Que alegria nos trouxe um rasgo de politização contemporânea no carnaval 2018, ano que começou sob os impactos do golpe, afetando de modo incrível a classe trabalhadora brasileira, que em muitos momentos aparentava não se dá conta das perdas reais e ônus existencial delas decorrentes.
O Brasil que percebeu o golpe vibrou com o desfile que desnudou o vampiro representante de um mercado arcaico, escravagista!
Mas é do carnaval alagoano que desejo falar em linhas breves, não muito vibrantes, pouco cidadãs.
Cada município folião exibia a fronte dos seus senhores, organizadores de blocos e arrastões eleitoreiros, no reafirmar da força, marcando território com milhares de camisas carimbadas.
Povo guiado sorria e cantava, dançando, recusando entender…bebendo e sustentando os feudos, espaços de golpes similares, nos quais se elegem sobrinhos para tios governarem, irmãos para outros irmãos assumirem o trono, burlando leis e naturalizando de maneira pública o crime.
Parecia carnaval mas era escravidão!
Onde isso aconteceu? A melhor pergunta seria onde não aconteceu, no território alagoano?
Muitas cinzas sobre os nossos olhos, e a vida segue.
Feliz Páscoa, em breve.