Ao eleger as redes sociais como porta-vozes absolutas do pensamento brasileiro (“o poder popular não precisa mais de intermediação”), Jair Bolsonaro mergulha o Brasil em uma nova fase.
É a fase da democracia sem povo.
Como sabemos, as eleições foram regidas pela mentira, o terrorismo psicológico, uma falsa invasão comunista, além dos disparos de mensagens, que configuram Caixa 2, mas os ministros do TSE ignoram.
Porque a nova fase da nossa democracia é a democracia sem povo.
Num país de passado autoritário, com interferência dos Estados Unidos, tomado pela miséria, um dos piores sistemas de educação do mundo e um farto desemprego, que ajuda a afundar a estima do brasileiro- uma democracia sem povo que se ponha a resolver os nossos complexos problemas sociais pode convencer a maioria nas ruas, via redes sociais.
Neste país de passado autoritário, discute-se armar uma população sem critérios definidos ou pouco claros; quer-se impor uma reforma da previdência conduzindo os futuros velhos a auto-destruição, como se o Brasil estivesse sob o império da lei dos sexagenários.
O Brasil do século 21 enxerga o próprio passado com saudades. É a exaltação do que apodreceu nos tempos atuais; é o precípio social sem precedentes na história.
O Brasil começa, sob Bolsonaro, um novíssimo sistema: a democracia sem povo. A um presidente que vê a invasão comunista até no movimento das ondas do mar e quer colocar um cabresto nas escolas e universidades, esse sistema militarizado pode ser normal.
Ao povo, porém, restará a posição de plateia. Que assiste a casos de corrupção como irreais porque o Mito é honesto. A simbologia ainda convence muita gente, mas não todo mundo.
E ninguém sabe o que vai acontecer com as vozes discordantes deste novo sistema.
Uma resposta
O autor desta reportagem só pode ser deveras, um comuna frustrado e apoiador da safadeza e corrupção petista. A única democracia que houve sem povo. Foi a imposta pela tríade do mal: PT, PSDB E PSDB. Que há séculos assaltaram o país e formaram a maior e mais pegigosa quadrilha de bandidos da América Latina e do mundo. E, o povo não tinha voz.
Destarte, isto, sim, é uma democracia sem voz. Fica a dica!