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Autoridades da saúde em Alagoas se negam a tomar vacina

Profissionais de saúde em Alagoas que estão na linha de frente no combate ao coronavírus se recusam a tomar a vacina. Eles são prioridade na fila da imunização.

Oficialmente, a cidade de Pilar registra casos deste tipo, reconhecidos pela Prefeitura.

O secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, disse ao blog que adesão à vacinação entre os profissionais de saúde é maciça. Não registrou negacionistas.

Porém, de maneira não-oficial o blog apurou que Maceió, Maragogi, Piranhas, Paripueira, Arapiraca e em Matriz de Camaragibe há casos dos negacionistas da vacina entre quem deveria ser o principal defensor da vacina.

Pior: eles são “protegidos” pelos profissionais que aceitam a vacinação. Isso para evitar que os colegas sofram sanções administrativas mais pesadas, como em Recife: quem recusa e está na linha de frente de combate ao coronavírus é demitido por justa causa.

Em Atalaia, a prefeita Cecilia Rocha convocou os profissionais da saúde mais velhos e com comorbidades para a vacinação. Eles não apareceram e tem até hoje para se vacinarem. Se recusarem, terão de assinar um termo de responsabilidade.

“Já comecei a convocar os profissionais das unidades de saúde mais velhos e com comorbidades, dando preferência aos médicos pois é onde temos maior carência. Alguns apenas não compareceram mas não assinaram o termo de recusa, dei o prazo até amanhã (hoje) para eles”, disse Rocha.

Em Pilar, o prefeito Renatinho tem mais trabalho com os negacionistas, que já assinaram termo de responsabilidade.

“Três da central de ambulância se recusaram e também no hospital”, disse.

O blog apurou que razões religiosas ou políticas fazem com que estes profissionais não aceitem a vacina. Eles integram uma outra lista – perigosa: a dos negacionistas, movimento mundial que cresce e convence seus seguidores a não se imunizarem por uma série de razões: a vacina é da China e tem um produto que mexe nos genes ou coloca no sangue uma espécie de chip para “controlar” as pessoas.

Não há comprovação científica para isso e o movimento se ampara em fake news.

Os negacionistas brasileiros têm um líder: Jair Messias Bolsonaro, principal difusor de mentiras sobre a vacinação.

Em Israel, a vacinação derrubou o contágio entre os imunizados para 0,01%.

No Brasil, os problemas da vacinação inclui, além dos negacionistas, os fura filas, a pouca quantidade do imunizante e em algumas cidades a desorganização das próprias prefeituras.

Em Alagoas, o maior problema está entre os que se negam à vacinação.

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