É surpresa para quem as conexões entre os criminosos do caso Marielle e o poder estabelecido no Rio?
O Direito brasileiro está assentado também na impunidade de quem tem muito dinheiro e prestígio.
Em Alagoas por exemplo: nunca descobriram quem mandou matar Silvio Viana. Porque as instituições locais protegem os criminosos. Como colocar na cadeia os amigos de copo de uísque? Não dá… .
Também nunca levaram a julgamento quem mandou matar Dimas Holanda.
Já tivemos um conselheiro do Tribunal de Contas que matou a esposa, dormia à noite na cadeia e nunca se cogitou destituí-lo do cargo.
“Ah mas a moralidade”. Pois é, onde está?
A CPI do narcotráfico mostrou nomes, sobrenomes e provas, mais esqueleto e cartilagem, da estrutura do crime organizado em Alagoas. Ninguém foi preso.
A operação taturana esteve ai com nomes até de policiais atuando como dedo-duro. Decisão do comando da PM? Fingir que não houve nada.
Cidinha Campos, a inônica deputada do Rio, denunciou Domingos Brazão por ameaças de morte contra ela. E a Alerj? Nada fez.
Brazão era deputado estadual, virou conselheiro do Tribunal de Contas e a casa caiu apenas com as revelações (chocantes) do caso Marielle Franco.
Imagine pesquisar os rastros de Brazão no crime organizado?
Imagine fazer o mesmo em Alagoas?
Difícil. Seria preciso que o Tribunal de Justiça e o Ministério Público pudessem virar do avesso, encarar juntos uma tarefa de transformação social, olhando os olhos do povo e não admirando as medalhas de latão pintado, como se fosse ouro, penduradas no próprio peito.
A lama explode mais uma vez nos bueiros do Brasil. Alagoas também merecia punir quem lhe apodrece o nome.
Quem sabe?