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A justiça também é Trans!

O ano de 2020 começa com mais um caso de transfobia na capital alagoana. Este, no entanto, conseguiu ter mais visibilidade que muitos outros que acontecem no dia a dia da comunidade LGBT+. A população trans, no entanto, é uma das que mais sofre com o preconceito e discriminação da sociedade: aqui entra em cena a política do horror, do silenciamento e da morte.

O caso aconteceu no Shopping Pátio Maceió, no bairro do Benedito Bentes, onde uma mulher trans, ao tentar usar o banheiro feminino, foi retirada por seguranças. Após tentar se manifestar na praça de alimentação do shopping foi retirada do local de forma truculenta, imobilizada e constrangida sob vaias e insultos.

O apoio veio em seguida, uma parte dos presentes procurou prestar socorro e solidariedade a mulher agredida. O diálogo com os seguranças evidenciou a transfobia “é um macho”, fala o retrato do despreparo.

O caso tomou proporções enormes devido a ação das pessoas que filmaram para denunciar a agressão. Foram mobilizados vários “influencers” regionais e nacionais para que o caso fosse divulgado. No entanto, Danny Bond, cantora e mulher trans que representa Alagoas no contexto nacional, foi a única que mobilizou seu público para a ação.

Danny vem do bairro do Jacintinho e se orgulha representar a população trans alagoana. Sabe dos momentos difíceis que teve que passar por ser trans e adere a campanha como representante da população LGBT+ na capital alagoana.

Segundo relatório do GGB (Grupo Gay da Bahia) no ano de 2018, a população trans representa 39% das mortes violentas de LGBT+ do Brasil.

As estatísticas demonstram: não podemos nos calar. Ou a sociedade se mobiliza contra esta realidade mórbida ou escolheremos a barbárie como norte para a construção de uma sociedade onde a violência se reproduz como modus operandi.

Transfóbicos não passarão!

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