Há um chamado pelo país, que traz um discurso desafiador, diante do quadro de subjugação que o governo desenha para o povo, através da grande imprensa. Uma parte do Brasil quer reunir a outra parte para fazer uma greve geral, mas as partes são tantas e cada qual com seu discurso e parcelas de verdades, que se conseguirmos apreciar uma unidade de porte médio, já será o início da reação.
Por uma circunstância em ambiente de consultório médico, assisti um jornal global e fui obrigada a ver e ouvir as propagandas que estão enchendo as casas brasileiras que se abrem aos canais ditos abertos. O investimento na cultura do sacrifício está em todas as pautas, até mesmo naquelas que deveriam ser de entretenimento.
Uma realidade paralela está sendo construída a cada segundo, quando a televisão mostra um Brasil sacrificado e muito feliz, pleno de emoções e moralismos, louvando empresários e agronegócio, transformando a exploração da força de trabalho humana em algo pop.
Não menosprezemos a coerção do poder.
Não nos curvemos à desesperança!
Sejamos, contudo, defensores da humana luta com pleno senso de realidade. Estudemos com cautela o cenário posto para não esborrar em falácias previstas o cansaço de quem já não acredita em ações políticas.
Quem está consciente das perdas sociais em curso saberá escolher o que vai fazer no dia 28 de abril de 2017. Mas a massa que marcha à margem dessa história cata suas brechas nos rebocos da vida, fazendo o que aprendeu, sem romantismo nem indignação.
Somos o Brasil golpeado desse instante, ainda inconsciente do próprio tombo, mas em despertar. Que a mensagem possa despertar unificando aspirações. Avante! Estaremos aqui, estaremos lá.
