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Você vota em candidato apoiado por um presidente que defende privatizar o SUS?

O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no ministério.

Agregar Jair Bolsonaro aos candidatos a prefeito que estão na frente nas pesquisas não tem sido tarefa simples, apesar da popularidade do presidente. Ele é aprovado por 52% dos brasileiros, diz pesquisa divulgada dia 26 de outubro, da Confederação Nacional do Transportes (CNT).

Caindo nas pesquisas, Celso Russomanno tirou Bolsonaro dos jingles de sua campanha. Ele repetia sobre sua amizade com presidente da república e como isso poderia gerar frutos para São Paulo.

A estratégia não funcionou.

Martha Rocha cresce no Rio e ameaça reeleição de Marcelo Crivella. A campanha do candidato da Igreja Universal decidiu chamar para já Bolsonaro, sem esperar um segundo turno, que pode deixar Marcelo de fora.

Candidaturas de esquerda crescem pelo país. Manuela d’Ávila lidera as pesquisas em Porto Alegre, mesmo sob ataque cerrado de Eduardo Bolsonaro e o guru da família, Olavo de Carvalho.

Em Recife, João Campos e Marília Arraes confirmam o favoritismo da esquerda que governa há 20 anos a capital pernambucana.

Em Maceió, JHC, Alfredo Gaspar e Davi Davino são afinados a Jair Bolsonaro. Mas nenhum dos 3 mostra o presidente da república no guia.

E, para piorar, Bolsonaro sacou um decreto escancando privatizações de unidades básicas da Saúde, mantidas pelo SUS.

Especialistas viram ameaças ao maior sistema público de saúde do planeta. Poderia ser um caminho sem volta para as privatizações no SUS.

24 horas após o decreto, Bolsonaro recuou, apesar de defender a privatização.

Por que não manteve então o decreto?

Com a popularidade em alta mas com dificuldade de ser mostrado nos guias eleitorais, o presidente pode ter optado pelo pragmatismo.

Afinal, quem vota em candidato apoiado por um presidente que defende a privatização do SUS?

 

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