Vigilância Ambiental apresenta resultados da análise da água nas escolas municipais

A Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental de Maceió divulgou nesta quinta-feira (2), o resultado das inspeções da qualidade da água consumida em creches e escolas da rede municipal. Ao todo, 73 escolas, sendo 72 delas vinculadas ao Programa Saúde na Escola (PSE), receberam a visita dos agentes, que avaliaram os padrões físico-químico e microbiológicos da água e as condições estruturais que interferem em sua salubridade.

Sobre os principais problemas encontrados, em algumas escolas, foi verificado que a água não atendia aos padrões de potabilidade. Nesses casos, há a necessidade de manutenção dos equipamentos relacionados a esse abastecimento, como reservatórios, cisternas e bebedouros. As equipes recomendaram, então, a limpeza e desinfecção desses locais, além da impermeabilização das paredes internas das cisternas e da colocação de tamponamento que permita a vedação de frestas para impedir a entrada de roedores e insetos, entre outros.

De acordo com Grasyelle Aidil, coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, esse trabalho é de suma importância. “Nas escolas e creches, realizamos inspeções técnicas, coleta de amostras de água para análises laboratoriais e a elaboração de relatório com exposição de riscos encontrados para que esses estabelecimentos possam se adequar. Estamos orgulhosos com o resultado, pois é algo que há muito tempo vinha sendo solicitado pelos profissionais da Educação”, destaca.

As ações contaram com a parceria da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, que verificaram a existência de locais que podem servir de criadouros para o Aedes aegypti, e da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e fazem parte do Protocolo de Orientação Escolar para o Retorno às Aulas Presenciais.

Durante as inspeções in loco, os fiscais da Vigilância Ambiental verificaram que 66% das escolas não atendiam aos parâmetros de cor, 11% não atendiam ao padrão de turbidez, 74% não apresentaram cloro residual e 13,7% apresentaram contaminação for coliformes fecais.

Já em relação às instalações físicas, 19,2% das escolas se encontravam com reservatórios destampados, 43,8% com ferragens expostas, rachaduras e crescimento de vegetais, 87% não apresentavam equipamentos de segurança para manutenção e higienização, 69% com cisternas a nível do solo com alguma inconformidade e 61% dos bebedouros estavam impróprios para uso.

“Todo esse trabalho não é punitivo e sim educativo, então, com essas inspeções, já sabemos exatamente o que está acontecendo em cada escola e podemos apontar com precisão o que pode ser feito para a melhoria da qualidade dessa água. É um trabalho contínuo e feito em parceria com diversos setores e órgãos”, finaliza Grasyelle.

Ana Cecília da Silva/Ascom SMS

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