Vacina brasileira para esquistossomose, inédita no mundo, é aprovada na fase 1 de testes clínicos

 

Comunicação Instituto Oswaldo Cruz

A primeira vacina para esquistossomose acaba de ser aprovada nos testes clínicos de fase 1, mostrando ser segura e capaz de induzir imunidade à doença, que afeta 200 milhões de pessoas no mundo. Baseada no antígeno Sm14, desenvolvida e patenteada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a vacina coloca o nome do Brasil na fronteira da ciência mundial, como a primeira vacina para helmintos. Com um ganho extra: como tem potencial multivalente, a vacina já mostrou ser eficaz para a fasciolose (verminose que afeta o gado) e poderá, potencialmente, ser usada como base para o desenvolvimento de imunizantes para outras doenças humanas causadas por helmintos. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (12/06), em Manguinhos, por meio de coletiva de imprensa que contou com a participação da diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge; do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; da pesquisadora responsável, Miriam Tendler e do superintendente de Produtos Biológicos da Ourofino Agronegócios, Carlos Henrique Henrique.

São mais de 30 anos de empenho, liderados pela pesquisadora do IOC Miriam Tendler. “Esta inovação é originalmente brasileira, o que coloca o país na fronteira do conhecimento em uma área de alta complexidade tecnológica, o setor saúde. O projeto é apoiado por uma rede nacional e internacional de instituições colaboradoras, com mecanismos de financiamento oriundos tanto do governo quanto da iniciativa privada”, sintetiza.

Agora, com a vacina humana comprovadamente segura, o objetivo maior tanto do Instituto Oswaldo Cruz quanto da Ourofino é transformar a vacina humana em vacina humanitária, garantindo seu acesso às populações de áreas endêmicas em todo o mundo, majoritariamente pobres.

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