Agência EFE
A Unesco apresentou nesta quarta-feira os principais pontos que desejalevar à Cúpula para o desenvolvimento sustentável da Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 22 de junho, e alertou que a educação é a base para alcançar “economias verdes e sociedades verdes”.
O diretor-geral adjunto da Unesco, Hans D”Orville, explicou à imprensa que este ponto “ainda não é um item obrigatório” nas atuais minutas da declaração final da reunião e, por isso, trabalham para conseguir incorporá-la na agenda do evento “em um sentido amplo”.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) considera que, apesar das “melhoras substanciais” obtidas nos últimos 20 anos em matéria de meio ambiente, ainda há muito o que fazer.
“As sociedades verdes são sociedades educadas em todas suas dimensões”, afirmou D”Orville, que aponta o investimento educativo como a principal “chave” para uma produtividade e um crescimento sustentáveis no futuro.
“Esta é uma cúpula de gerações”, declarou D”Orville, em alusão às duas décadas que se passaram desde a histórica reunião realizada no Rio em 1992 (Eco 92), a qual fixou planos de ações ambientais “ainda não alcançados” em muitos aspectos.
A cultura, “grande ausência” neste tipo de eventos, é a outra aposta da Unesco, apesar que, segundo D”Orville, os países se mostram “inexplicavelmente reticentes” a incorporá-la na declaração final.
O organismo trabalha para incluir está importante temática no programa como “motor de desenvolvimento e catalisador das políticas de desenvolvimento sustentável”.
A Unesco também espera transformar a ciência em um assunto de primeira ordem “em apoio das transformações verdes” e, por isso, pediu um maior investimento e um reforço em todos os níveis educativos.
Os projetos ambientais da Unesco versam principalmente sobre a água, já que “o futuro deve ser verde, mas também azul”.
Neste sentido, na Rio+20, a Comissão Oceanográfica Intergovernamental do organismo apresentará seu relatório “Blueprint for Ocean and Coastal Sustainability”, que inclui dez recomendações para melhorar o estado dos oceanos e das costas.
Apesar de admitir que os objetivos e expectativas sobre este encontro são “muito ambiciosos”, o diretor-geral adjunto da organização explicou que a Unesco marcará presença com a intenção de “equilibrar as vontades” de seus países-membros e lembrou que “já há acordos alcançados” em diversas matérias.
