Pelos dados da Prefeitura de Maceió, existem 74 unidades de saúde mantidas pela administração municipal, distribuídas em 50 bairros.
Se todas estivessem funcionando, a demanda por atendimentos ou exames via SUS não estaria reprimida; não haveria fila de ambulâncias em frente ao Hospital Geral do Estado por faltarem leitos no superlotado hospital; e quem procurasse as UPAs ou HGE estaria atrás de urgência e emergência, não de atenção básica porque este serviço não é oferecido com dignidade por nenhuma Prefeitura.
Por isso, a ideia de Davi Davino de construir “Clínicas da Gente”, com proposta de atenção básica, é desperdício de dinheiro num Estado tão pobre e penalizado como Alagoas, cujas necessidades serão ainda maiores quando o auxílio emergencial deixar de ser pago pela era Bolsonaro.
Melhor é o click saúde , proposta de Davino, onde cada pessoa marca sua consulta via SUS usando a tecnologia e pode ter acesso a todo seu histórico de tratamento médico.
E então?
Uma resposta
O problema está em “usando a tecnologia”, isso irá marginalizar uma grande camada de pessoas pobres, idosos e que por um motivo ou outro não tem acesso a internet ou a aplicativos. Há uma tendência geral de expansão do acesso da população as tecnologias, mas precisamos ser realistas com relação a isso e entender que em um sistema único de saúde para todos colocar a barreira da tecnologia poderá levar a muitos problemas para uma população que não precisa de mais problemas.