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Sob o silêncio institucional infratores da Constituição avançam

O bolsonarismo não pode ser definido a partir de Bolsonaro, pois se tornou um fenômeno de massas que agrega um leque de heranças coloniais, arcaísmos e fundamentalismos, deixando espaços para violências e amoralidades, fato inconteste pela experiência de quatro anos convivendo com toda a sorte de horrores nascida neste nicho, trazemos como exemplos o gozo pela morte de um menino de sete anos pelo simples de ser neto do Lula e as alusões a peneiras e objetos furados como representações mórbidas de Marielle Franco.

O bolsonarismo não pode ser considerado um simples rojão de festa. Tem capacidade destrutiva e descansa à sombra do nazi-fascismo a imitar a marcha integralista, revolvendo estrumes da história com hinos de louvor a uma pátria que não abraça todas as vidas.

É este coro que está ganhando ares no Brasil sob a leniência das instituições que poderiam estar cumprindo seus papéis sociais como defensoras da democracia!

Enquanto parte do país estimula os que votaram em Lula e o elegeram democraticamente a seguirem vivendo com normalidade, quem está por perto dessa onda que insiste em avançar sabe que não está sendo normal ser impedido de ir e vir sob gritos raivosos e ataques físicos a quem tenta romper seus bloqueios.

O ódio tem corporeidade nas ruas do Brasil. Devemos ficar em casa outra vez, como no tempo da peste pandêmica?

O movimento não contido está interiorizando.

E essa maioria eleitora de Lula deve contemplar a inércia dos poderes e partir para cima arriscando a própria integridade física como já começou a acontecer em algumas partes do país?

Este silêncio ensurdecedor já conhecemos quando Bolsonaro desrespeitou todos os direitos humanos dos cidadãos deste país, resultando no sepultamento de quase de um milhão de pessoas.

Até onde vamos observar o grito fascista assustando o trabalhador que sai de casa temeroso e não pode sequer usar uma veste vermelha?

Acordem, que essa onda fanática é igual a qualquer outra, e os efeitos disso chegam primeiro a nós, cidadãos comuns.

As instituições precisam assumir seus papéis antes que existam novas vítimas associadas a Bolsonaro e suas políticas de morte, ainda muito vivas.

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