Quando criou a faixa azul, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (sem partido), parecia estar entusiasmado o suficiente para enfrentar o problema da mobilidade urbana na capital.
Só que ele manteve as estranhas relações entre a SMTT e os empresários de ônibus, tanto que as mesmas empresas operam o sistema, mesmo depois da primeira licitação do transporte municipal em Maceió, resultado nunca questionado e claro exemplo da troca de seis por meia dúzia, algo descarado, achincalhando o mais sério dos contribuintes.
É como se a população fosse um aglomerado de pessoas tolas, o suficiente para fingir que não viu, não ouviu e não sabe de nada.
O caso da empresa Veleiro é destes escândalos a céu aberto, mais fétidos que a lama do riacho Salgadinho.
Como uma empresa com irregularidades trabalhistas gigantescas disputou e venceu uma licitação? Quem é o dono da Veleiro? Por que ele nunca aparece?
As empresas de ônibus em Maceió operam clandestinamente. Não pagam a outorga, não cumprem leis municipais, decidem por conta própria pelo aumento da passagem de ônibus e, ainda assim, são protegidas pela SMTT que caça os clandestinos mais pobres não para garantir a segurança do cidadão no trânsito, mas para proteger o lucro dos empresários de ônibus.
Dos três candidatos mais bem colocados à Prefeitura de Maceió, apenas JHC fala claramente o que a SMTT é: uma máfia.
Somente uma máfia funciona protegendo os interesses de alguns. Claro, os perdedores estão apinhados em latas podres cujos cacos circulam pela cidade.
É o “novo normal”.
Manter a superintendência nesta condição é a maior derrota política de Rui Palmeira.
Seria diferente mas não é.