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Simone Tebet procura saída para ela mesma; MDB negocia com quem ganhar

Lançada nesta quarta, pelo MDB, à Presidência da República, a senadora Simone Tebet repete aquele manjado discurso social à moda medebista, se coloca como alternativa à Lula e Bolsonaro e busca nacionalizar a posição do partido. E este partido, o MDB, é um cambista eleitoral. Sua semelhança com o PP, de Ciro Nogueira, ou o PSD, de Kassab, não é mera coincidência.

Cada estado elege três senadores mas em 2022 apenas uma vaga estará aberta. No Mato Grosso do Sul, esta vaga é a de Simone Tebet. As pesquisas favorecem a ministra da Agricultura, a bolsonarista Teresa Cristina. E ela tem o apoio do setor produtivo agro, fechado com Bolsonaro.

Outro nome, agora anti-Bolsonaro, é o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que ganhou bastante projeção na pandemia e principalmente na sua demissão, um processo de desgaste longo e cheio de conflitos. Principalmente com o presidente da República. Ele comanda o bloco da oposição.

A professora Rose Modesto, hoje deputada federal, se coloca como a candidata nem-nem. Nem Bolsonaro nem Lula. Diz atuar de forma independente. Está bem colocada ao Senado e ao Governo.

Disputar a presidência da República pode ser uma saída honrosa para Tebet e um caminho de negociação ao MDB, que não trai suas origens. Apoia quem vencer a corrida pelo Planalto. Se for Lula, a ponte é o senador Renan Calheiros; se for Bolsonaro, a ligação é com Michel Temer. Jogam os interesses. O povo que se lixe.

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