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Senhas da paz: poema, canção, Elenão!

Este escrito foi feito para você que pôde sentir a humanidade pulsando no peito de modo mais forte e por isso foi capaz de vestir em si a diversificação dos seres e das coisas, para se posicionar em favor da liberdade.

Que ouviu a voz poética dos corações que na terra amaram indistintamente, e cuidaram das boas sementes que as circunstâncias espalharam entre as raízes endurecidas do mau proceder, o ninho de todas as ilusões de poder que alimentou o instinto destruidor.

O falso amor sempre trabalhou a submissão nos domínios do medo.

O verdadeiro amor é libertário.

Para libertar, não oprime, não ameaça, não mata. Porque sabe que não se melhora nada arruinando tudo!

Este texto é para você que recria onde a maldade destrói e segue deixando esperanças e alegrias, onde o individualismo reúne os arrogantes, os sofistas e os materialistas.

Para você que não apresenta um rótulo, nem entra na vida das pessoas mostrando cifras, mas se conduz magneticamente aos campos de convívio, sem reclamar posições de destaque.

Você que é componente identitário de grupos LGBTs, e conhece os desafios de não se desgrudar do próprio rosto, nem se entregar ao desgosto de não ser você. Que responde ao mundo com a sabedoria das letras transformadas em outras mensagens de real viver, e nunca machucou a ignorância dos que te machucam  porque encontrou coisas mais belas e significativas para fazer.

Sim, esse texto amigo é para você que não consegue esconder o tremor da sua indignação quando o mundo justifica a opressão, quando uma história é negociada em um balcão, e o verdadeiro talento só encontra um não! Ah, você que dá opinião! Que defende a libertação! Que arriscou sua paz pela vida do irmão. Você é canção!

Porque este trono sem rei é coletivo, e neste reinado de irmandade entra negro, branco, índio; a religião aqui se dá as mãos. Os muçulmanos, umbandistas, católicos, espiritistas, evangélicos, kardecistas e budistas, devotos de Sara Kali, ateus e judeus ortodoxos, são bem-vindos, bem amados. Porque a legitimidade é ser diversidade.

Este texto é empoderado, nas mãos das mulheres todas; que decidem, que opinam, que escolhem, que assinam. O valor de um riso feminino não se paga com barganha, nem se apaga com violência. O bom trato é o coração de quem escolhe viver fazendo do ego sacrifício e não corre do risco da incompreensão alheia.

Você que voltou atrás, pediu desculpas ou refez a rota; que não deseja ser maior ou mais puro. Que pulou os muros do status quo, dos privilégios aparentes e não quis ser frio, permanece de alma quente! É a inspiração da escrita.

Você que vai dormir sob o calor do vinho, da poesia ou no segredo da saudade, mas precisa acordar para compor a realidade do seu país à beira do abismo do fascismo, e ainda assim segura a bandeira da bondade. Você é poema.

A vida está nos reunindo neste fim de tarde, quando as máscaras dos ideais pulam de cada face.

Somos pétalas espalhadas.

Que esta noite não se renda ao açoite. A proteção de um é a junção do todo.

O dia amanhecerá para enaltecer o recomeço, a renovação dos ciclos. Força! Resistência! Os ventos uivam mas são apenas fenômenos de transporte dos sons.

Pelos quatro cantos desta nação, onde houver um bom coração, um ideal de paz e de congregação, a mensagem ecoará:

Elenão!

 

 

 

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SOBRE O AUTOR

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