O senador Rodrigo Cunha (PSDB) é o mais forte candidato do pequeno grupo político que busca construir uma terceira via ao Governo de Alagoas.
Mas este futuro a curto prazo depende do desempenho do prefeito JHC em Maceió.
E como está a gestão?
Pelos números apresentados pela Prefeitura à Secretaria do Tesouro Nacional, Jota está indo muito bem. Mas esconde o jogo por causa dos funcionários públicos, que buscam reposição da inflação nos salários- muito defasados, por sinal.
Uma estratégia tola. Afinal por que esconder um superávit de R$ 268 milhões no segundo semestre, superando os R$ 126 milhões do primeiro? Por que enfrentar o risco de uma greve geral do funcionalismo?
Na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2022, entregue semana passada à Câmara, JHC projeta “postura prudencial” em 2021 e 2022, por conta do passivo de R$ 332 milhões herdados do ex-prefeito Rui Palmeira (Podemos) e dos efeitos da pandemia.
A inflação de 4,52% e a queda de 4,5% do PIB em 2020 fazem parte do que JHC chama de “conjunto de condicionantes” para um cenário econômico com “meta fiscal flexível para o exercício de 2022”.
Em 2021, prevê receitas de R$ 2,1 bilhões, 8% menor que o ano passado. Para 2022, projetam-se R$ 2,5 bilhões. Se este número se confirmar, será o melhor resultado desde 2019.
Previsões também nada otimistas para a arrecadação de impostos e taxas para 2021: queda de 5,4% em relação ao ano passado. Este ano, projetam-se R$ 513 milhões.
A dívida deve atingir R$ 514,8 milhões, recuo 6,9% comparado ao ano passado. Para 2022, as previsões indicam R$ 476,4 milhões.
Os números julgarão Rodrigo Cunha nas próximas eleições.