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Quais os alvos de Alfredo Gaspar na Segurança Pública?

O governador Renan Filho anunciou Alfredo Gaspar de Mendonça para a Secretaria de Segurança Pública.

Podemos esperar o melhor de Alfredo Gaspar e ele tem capacidade para isso.

O pior lado já conhecemos: o período em que assumiu a SSP e implantou a forma mais moderna da Lei de Talião: “bandido bom, bandido morto”.

A cereja desse bolo de sombras vem das homenagens que políticos ligados à pistolagem fizeram ao período Alfredo Gaspar, quando ele deixou a função.

Algo estava errado. Eles deveriam temer o xerife. Não foi assim.

O Governo credita a este tipo de filosofia a queda na quantidade assassinatos. Alfredo Gaspar, de fato, virou uma liderança política incontestável. Um competitivo candidato a prefeito de Maceió, foi ao segundo turno em primeiro lugar e  chama a atenção que as urnas da orla lagunar- a área mais empobrecida da cidade- aplicaram a maior derrota ao candidato. Pode ser resultado das violentas ações policiais na região? Sim, pode.

Ao sair da SSP e voltar ao Ministério Público, em janeiro de 2019, Alfredo pediu desculpas: “O Alfredo impulsivo e que tantas vezes errou, faço questão de colocar bem longe da instituição”.

Alfredo pode, de fato, inovar na Secretaria de Segurança Pública porque hoje é cotado para disputar o Governo em 2022. É um bom candidato. Ganhou estas credenciais na disputa de 2020.

Mas, se reassumir a personalidade de xerife, Alfredo será apenas mais uma urna funerária, um legítimo senhor das armas no poder. Tenório Cavalcanti e sua famosa “lurdinha” já são suficientes para ilustrar a mistura explosiva do “bandido bom bandido morto” e a política. Não merecemos o retorno do homem da capa preta.

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