Ao cumprir a primeira promessa de campanha- reduzir a passagem de ônibus em Maceió- o prefeito JHC atirou naquilo que não quis ver: a reação dos empresários pressionando os rodoviários a uma greve geral.
Reduzir a passagem foi um gesto político inteligente. Agradou a população. Mas por que a mesma população tem de pagar pela reação do empresariado?
Desde o início da semana há atrasos na saída dos ônibus das garagens. E Jota imita Pilatos: lava as mãos, escolheu não intermediar a crise, é orientado a não cansar sua beleza ou gastar energia com uma questiúncula qualquer. Mesmo que ela se refira a toda a dinâmica da cidade, milhares de pessoas dependendo do transporte urbano e outro tanto empregada neste sistema e a ausência da intermediação do poder público em ouvir e negociar, decisão que todos os gestores antes de JHC adotaram na administração municipal.
O Ministério Público quer saber quais estudos o prefeito se baseou para dar o aval para a redução da passagem. Deve ter existido algum, mais real que o trem fantasma da CBTU cruzando a Fernandes Lima.
A crise está posta. Resta saber se temos um prefeito com entusiasmo para geri-la porque ela está muito longe de ser erradicada.
