A estratégia do ex-prefeito Rui Palmeira (PSD) de se manter na disputa ao Governo o maior tempo possível parece mais vantajosa que as propostas de Paulo Dantas, Rodrigo Cunha e Fernando Collor para que ele desista logo da eleição e vire apêndice destes grupos politicos.
Rui leva a eleição para o segundo turno. Quem contra quem? A próxima pesquisa dirá o peso eleitoral de Fernando Collor que não deve ser desprezado em nenhum cenário apesar da gigantesca rejeição que sempre acumula quando decide concorrer ao Executivo. Talvez herança do impeachment.
Fato é que pela primeira vez Rui assume o comando do próprio modo de fazer política. E para se tornar liderança percebeu que precisa, em alguns momentos, levar o jogo até o limite.
No contexto que ele está, cada passo é decisivo. Os Palmeira, os Nonô, os Tenório e os Vilela são um condomínio familiar dividindo pedaços do Sistema Pajuçara de Comunicação, regalo de décadas das benesses do poder. Também jogam mesmo lado ou não se confrontam na política.
Os Palmeira só tem Rui na política. Os Vilela? Pedro.
Quem entra não quer sair. Ou não pode sair.
As convenções partidárias começam dia 20 de julho até 5 de agosto. O que vai acontecer é imprevisível. Rui desiste ou compõe? Se compor como fica a chapa de federal, com Tereza Nelma? Se mantiver a candidatura, qual será a chapa? Qual o segredo que Gilberto Kassab contou no ouvido do ex-prefeito?
Esse mundo gira e nem tudo é óbvio demais.
