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Opinião: PM tchutchuca, PM tigrão e Bolsonaro

Imagens que circularam ontem nas redes sociais, durante visita a Maceió de Jair Bolsonaro, mostram policiais militares agindo não como agentes de Estado, mas como milicianos, uma gangue fardada exclusiva, na defesa de seu líder supremo, cuja popularidade vem sendo depauperada numa voracidade tão grande quanto o descumprimento dos limites legais próprios da democracia.

Estes policiais apontavam armas para quem protestava, pacificamente e sem armas, contra o presidente da República. Uma ação que exige esclarecimentos do governador Renan Filho (MDB) e do comando da PM.

Ao mesmo tempo, estes mesmos policiais compactuavam com uma avalanche de crimes cometidos pelos apoiadores da agenda ideológica do Palácio do Planalto. Uma lei estadual exige o uso de máscaras nas ruas. Os PMs demonstraram total falta de interesse em agir contra estes criminosos que aglomeravam, não respeitavam medidas sanitárias e falsificaram um documento público, com um igual título falso de cidadão de Maceió. Uma avacalhação.

Policiais nem são milicianos nem abdicam das prerrogativas de coordenar ações de segurança, usando a racionalidade no enfrentamento das questões sociais.

Ontem, o dono de uma padaria na rua Belo Horizonte, no bairro do Pinheiro, ficou indignado ao assistir aos PMs alagoanos com armas apontadas e sem atirar contra os críticos de Bolsonaro. “Eles deveriam ir trabalhar e não protestar contra o presidente”.

O “mito” tem fome e sede de sangue. Os 30 mil mortos que ele queria para o Brasil é coisa pouca. Temos um chão forrado com 4 centenas de corpos, um genocídio, como bem frisou o senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid que o Governo Bolsonaro quer barrar a qualquer custo.

A liderança de Bolsonaro na pandemia mostra o reflexo da tragédia de alguém que decidiu abrir mão de governar por indiferença ou incompetência. As disputas políticas se dão em meio a um ambiente onde prevalecem o conflito e a confusão. E Bolsonaro, com seus apoiadores, esticam a corda para que o Brasil pague o preço que está pagando.

E policiais militares alagoanos, no dia de ontem, obedeciam ordens não do governador mas serviam a quem representa uma grave ameaça. Obra do pensamento bolsonarista entre os militares, algo que merece repúdio.

NOTA DO PSOL ALAGOAS SOBRE AS AMEAÇAS E VIOLÊNCIA SOFRIDA POR SUA DIRIGENTE, ELIANE SILVA, E PELO PRESIDENTE DO PSOL, MACEIÓ IGOR SILVA

Hoje, dia 13 de maio, a companheira da executiva do PSOL Alagoas e dirigente nacional do MTST, Eliane Silva e o Presidente do PSOL Maceió, Igor Silva, foram ameaçados de morte por integrantes da Polícia Militar de Alagoas durante o ato contra a vinda do Presidente Genocida Bolsonaro. Além da repressão violenta ao ato organizado pelo MTST, UP, FNL e PSOL, e à militância que ocupava as ruas para protestar, os nossos dirigentes sofreram graves ameaças de morte, como forma de coagir e intimidar. Infelizmente não é a primeira vez que militantes e dirigentes do PSOL Alagoas e Maceió são ameaçados por conta de seu enfrentamento contra as desigualdades sociais, pela vida e contra o autoritarismo. O PSOL e as Mulheres do PSOL Alagoas se solidarizam com a companheira Eliane Silva e como companheiro Igor Silva, e repudia toda e qualquer ação truculenta e que ameace a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores, principalmente vinda do Estado. Não nos calaremos diante das injustiças e exigimos explicações do Estado sobre a ameaça e a violência sofrida por nossas companheiras e nossos companheiros de luta!

Maceió, 13 de maio de 2021

Diretório Estadual do PSOL Alagoas

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