Até quando o prefeito JHC vai estar pessoalmente ausente da crise que ele mesmo gerou, ao baixar, por decreto e sem estudos prévios, o valor da passagem de ônibus?
Os rodoviários estão próximos de decretar greve. Os empresários pressionam por subsídios do poder público.
Sem estes subsídios, o ticket alimentação e o plano de saúde devem ser cortados.
Os rodoviários não se calarão. E milhões de pessoas em Maceió dependem de ônibus.
Na reunião entre Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual, a posição dos técnicos da Prefeitura impressionou.
Eles dizem que vão apresentar em curto espaço de tempo uma solução temporária para garantir o equilíbrio econômico-financeiro das empresas.
O que isso quer dizer? A Prefeitura ainda não sabe de onde virá o dinheiro.
JHC alega que herdou uma dívida superior a 300 milhões de reais.
Ou o prefeito arruma em poucos dias uma fábrica de dinheiro ou ele se envolve diretamente na crise que ele mesmo arrumou.
JHC precisa ter mais ação como gestor que é. E essa posição é urgente.
Jota não tem mais idade para estrear novos efeitos em selfies pelas redes.
Se a greve dos rodoviários for deflagrada em Maceió, o maior responsável por ela é o prefeito. Nenhum filtro no Instagram mudará isso.
E Jota não poderá reclamar: sabia, desde o princípio, que isso aconteceria.
A comissão que ele criou para viabilizar a redução da passagem não era composta nem por integrantes da sociedade civil nem pelos empresários de ônibus.
E todos falaram aquilo que o prefeito queria ouvir.
Houve a redução da passagem, vontade concedida. E agora?
Agora vem a reação.
Ainda dá tempo do prefeito buscar soluções, conversando com todos os lados envolvidos nessa história, indo ouvir quem quer falar.
Se ele quiser, é claro.