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O Espiritismo nos liberta dos líderes incoerentes

A miséria moral dos que vivem confortavelmente corta fundo o tecido social brasileiro.

Afasta de si os menos aquinhoados pelas benesses do consumo, que implicam outras vantagens de usufruto, mas não definem a grandeza da consciência.

Item diminuído entre as castas religiosas, de maneira abrupta, no período eleitoral que definiu o joio e o trigo na seara da cristandade.

De modo especial volto o olhar aos espíritas, com quem tenho convivido nas últimas décadas, em aprazíveis relacionamentos formadores e sensíveis, e agora, já não sei a quem posso me dirigir de maneira espontânea, haja vista meus posicionamentos humanitários diante do tablado de ódio representado pela liderança política que muitos escolheram para governar o país.

Assim como muitos outros de comportamento social semelhante ao meu, faço parte agora da turma que desagrada aos confortavelmente postos, e que são acusados de gerar tumulto, porque não nos sentimos representados pela paz de plástico de quem se beneficia com o apartheid e sustenta auras de ilusão, confundindo Espiritismo com um pseudo-Olimpo, a cobrar ingressos caros e proporcionar convívios elitizados.

Seguros no Evangelho, sabemos que: “O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual  e suas relações com o mundo material.”

Sim, nossa seara de trabalho renovador, é esta esfera materializada, sobre a qual atuamos em reforço da luz ou da sombra.

A separação entre os seres humanos, a partir de parâmetros classistas, religiosos, sexuais e culturais, é própria dos mundos primitivos.

Não serão as expressões físicas que revelarão o teor vibratório de um ser, portanto, até o mais cacifado pelas grifes de luxo, pode estar ligado pelo teor energético dos pensamentos e dos sentimentos, aos charcos das dimensões sofríveis.

É na Terra onde nos movimentamos que acatamos as lições que nos promoverão aos avanços espirituais almejados. Estão aqui as nossas frentes de trabalhos redentores!

Apesar de sabermos que “o Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade”, está no interior de cada ser a fechadura própria, algumas muito enferrujadas, a dificultar a libertação da torrente de preconceitos e ódios, guardados por séculos no sótão do próprio corpo espiritual.

Para alguns espíritas, a imagem do candidato violento gerou imediata empatia, apesar de toda a incoerência deste gesto. Era o vingador surgindo das trevas interiores com manto de salvador da moral e dos bons costumes, o velho mote utilizado pelas castas religiosas para a promoção do derramamento febril de sangue irmão.

As paixões mortais sempre vieram de cima para baixo, a envergonhar a terra!

O poder, humano e corruptível! A força, desleal e covarde! A imposição do domínio pelo expansão do medo. Algo intolerável para o coração já sensibilizado pelas verdades evangélicas, mas completamente metamórficas, nos discursos sofistas, fascistas e egoístas.

O Evangelho Segundo o Espiritismo nos consola: “O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários.”

O Espiritismo nos liberta de reter nossa crença e confiança em uma liderança, representação ou discurso, que não condiga com as verdades do Cristo que é Amor e mansuetude.

Pois o Evangelho nos afirma, que o Espiritismo “nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo”.

Amar indistintamente e promover a vida é requisito único para ser cristão!

SOBRE O AUTOR

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