Das histórias que o livro do jornalista Joaldo Cavalcante sobre o 17 de julho de 1997 pode ajudar a revelar: por que, afinal, o então deputado estadual- hoje desembargador afastado do TJ- Washington Luiz Damasceno Freitas- apontou uma metralhadora para a também deputada, Heloísa Helena? Os dois estavam dentro da Assembleia, enquanto, do lado de fora, 15 mil pessoas rugiam na praça Dom Pedro II, exigindo a queda do governador Divaldo Suruagy.
Era o fim de um ciclo. Suruagy, eleito com quase 80% dos votos, foi obrigado a deixar o poder e entregar o comando do Estado ao seu vice, Manoel Gomes de Barros, que tentou se eleger ao Governo mas tamanho foi o desgaste daquele 17 de julho- mais os meses de salários atrasados, suicídios de servidores públicos, comércio parado- que ele não venceu e entregou a faixa para Ronaldo Lessa.
Há muito para contar sobre o “17 de julho: A gameleira, as lembranças e a história decidida à bala”, título do livro do jornalista também testemunha da História: Joaldo estava ao lado da então prefeita de Maceió, Kátia Born. Era secretário de Comunicação e após entrevista de Born à rádio Gazeta, desceu a pé a ladeira da Catedral Metropolitana, na direção da praça, para viver o que seria o 17 de julho de 1997.
O resto virou páginas de livros e teses em universidades de todo o Brasil até hoje.
O que, 20 anos depois das cenas de guerra no Centro da capital alagoana, a História tem para contar?
Eis o livro de Joaldo (guardado a sete chaves) para revelar.