Novos decretos que armam população põem em risco vida de PMs

Decretos de Jair Bolsonaro, assinados em  carnaval em quarentena e na pandemia, facilita ainda mais a compra de armas no país.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um único colecionador pode comprar até 70 armas; cada caçador pode comprar 30 armas e; uma pessoa pode adquirir até seis.

O Fórum criticou a decisão:

“Também é inaceitável o desmonte dos mecanismos de fiscalização, sobretudo do trabalho do Exército brasileiro, seja pela liberação de produtos controlados ou mesmo pelo rastreamento de munição e concessão do porte”, diz.

Uma decisão que pode colocar em risco a vida de policiais.

“No momento atual, não faz sentido estimular a venda de armamentos, uma vez que 40% das armas apreendidas no Brasil com criminosos têm origem legal. No final, as principais vítimas desse movimento poderão ser as mulheres e os próprios policiais militares, seja pela mão de criminosos ou dos próprios cidadãos dispostos a combater os tais governos tiranos a que Bolsonaro se refere”, explica.

O Instituto Sou da Paz manifestou indignação pelos novos decretos que facilitam o acesso a armas de fogo.

“Com esses decretos, já são mais de 30 atos normativos publicados nos dois últimos anos que levaram ao aumento recorde de armas em circulação no ano passado – contrariando todos os cientistas que dizem que mais armas em circulação no Brasil nos levarão a uma tragédia em perda de vidas e deterioração democrática. Dados preliminares de 2020 já indicam que houve um aumento nos homicídios mesmo em ano de intenso isolamento social. Este governo parece ter conseguido reverter a pequena queda que tivemos a partir de 2018 e conquistada a muito trabalho”, afirma.

 

.