Em suas mãos esmaeceram dores, sofrimentos se diluíram em crença, consolo dos corações simples.
Um galho de arruda ou vassourinha-de-botão faziam um balé generoso diante dos olhos de quem sofria, arrastando para as ondas do mar-sem-fim toda inveja e mal olhado que declinava a fronte suarenta do rebento febril.
Para o cobreiro-brabo o talo da mamona embebido de azeite, a cortar a cabeça e o rabo, enfraquecendo a coceira e a ardência.
Tudo com rabugice, com tagarelice, com benção!
Para Izabel, a representação de todas as benzedeiras das nossas vidas!
Agora repousa no céu, com a Mãe de Jesus e os sete sinais sagrados.
Minha memória, nossa cura mais simplória, mais profunda. A quase ressurreição do meu primogênito passado pela bezenção de sete mãos. Já sem falar, sem abrir os olhos, levado esmorecido à última casa.
Voltou correndo e brincando.
Coisas de Fé, de Amor aos Sagrados, pelas mãos de mulheres benzedeiras.
Dona Izabel, farmácia subjetiva, altar mundano com mãos benditas.
Para os benzidos a gratidão, mesmo aos esquecidos.
Às benzedeiras nossa homenagem nesta memória amorosa.
Uma resposta
Prabéns pela abordagem!
Saúde à educação popular em saúde!